As 2300 tardes e manhãs

Criar uma Loja Virtual Grátis
As 2300 tardes e manhãs

A profecia de Daniel é essa:

E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a (terra formosa). E se engrandeceu até contra o exército do céu; e a alguns do exército, e das estrelas, lançou por terra, e os pisou. E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. (Daniel 8:9-11)

Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados?E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. (Daniel 8:13-14).

OBS:  Reconstrução do Templo de Jerusalém ocorreu por volta de 455 a 456 a.C.

Vamos ler todo o texto e identificar todas as características que envolvem tal profecia.

Segundo o Profeta Daniel, a profecia se cumpriria quando:

(1º) O Santuário seria profanado.

(2º) Os holocaustos seria abolidos.

(3º) Durariam 2300 tardes e manhãs a abolição.

(4º) Então o Santuário seria restabelecido, purificado e haveria o retorno dos holocaustos.

OBS: Um ano no calendário Lunar possui 354 dias, no calendário Gregoriano possui 365 dias.


 

As 2300 tardes e manhãs estava se referindo aos (SACRIFÍCIOS) que eram realizados no Templo diariamente. As 2300 tardes e manhãs correspondem aos 2300 Sacrifícios ou holocaustos que faltaram no Reino Israel, isso iria ocorrer em um tempo que os sacrifícios seriam abolidos por causa de uma profanação no Templo. Mas fica a pergunta no ar: Como que 2300 tardes e manhãs correspondem a 2300 sacrifícios? A resposta é simples, existe uma ordenação na lei mosaica de se realizar diariamente um sacrifício pela tarde e outro pela manhã no mesmo dia.

Isto, pois, é o que oferecereis sobre o altar: dois cordeiros de um ano, cada dia, continuamente. Um cordeiro oferecerás pela manhã, e o outro cordeiro oferecerás à tarde. (Êxodo 29:38-39)


OBS: O início do dia para os Hebreus começava no por do sol, ou seja, as 18h00min do nosso calendário. Por isso o primeiro Sacrifício era feito a tarde do calendário Hebraico, o que seria por volta das 09h00min do nosso calendário, e o segundo sacrifício, era realizado pela manhã, o que seria por volta das 18h00min do nosso calendário.


As 2300 tardes e manhãs durariam desde a profanação do Templo até a sua purificação, ele estava se referindo a lei mosaica, onde se oferecia um sacrifício pela Tarde e ou  pela Manhã. Ainda fica outra pergunta: Seriam as 2300 tardes e manhãs 2300 dias corridos? A resposta também é muito simples, NÃO. Daniel se referia a 2300 sacrifício ou holocaustos onde um era feito pela tarde e ou pela manhã do mesmo dia, ou seja, eram feitos dois sacrifícios no mesmo dia, sendo assim, os dias decorridos para a realização desses 2300 sacrifícios eram de 1150 dias apenas. Sabendo que as 2300 tardes e manhãs de Daniel eram referentes a 2300 sacrifícios realizados em 1150 dias, falta-nos saber em que momento da história essa profecia iria se cumprir. No próprio livro, Daniel revela exatamente qual momento da história o Santuário seria profanado e os Sacrifícios abolidos.

 

E levantei os meus olhos, e vi, e eis que um carneiro estava diante do rio, o qual tinha dois chifres; e os dois chifres eram altos, mas um era mais alto do que o outro; e o mais alto subiu por último. Vi que o carneiro dava marradas para o ocidente, e para o norte e para o sul; e nenhum dos animais lhe podia resistir; nem havia quem pudesse livrar-se da sua mão; e ele fazia conforme a sua vontade, e se engrandecia. E, estando eu considerando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; e aquele bode tinha um chifre insigne entre os olhos. (Daniel 8:3-5)

 

 

Nesse texto, a profecia diz existir um carneiro com dois chifres (dois poderes), depois ele diz existir um bode com um chifre (um poder). O carneiro com dois chifres dominou oeste, norte e sul, porém do ocidente vem um bode com um chifre, mas o poder do bode era superior ao do carneiro com dois chifres.

 

E dirigiu-se ao carneiro que tinha os dois chifres, ao qual eu tinha visto em pé diante do rio, e correu contra ele no ímpeto da sua força. E vi-o chegar perto do carneiro, enfurecido contra ele, e ferindo-o quebrou-lhe os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir, e o bode o lançou por terra, e o pisou aos pés; não houve quem pudesse livrar o carneiro da sua mão. E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu. (Daniel 8:6-8)

 

Antes de explicar quem era esse bode (Magno), irei continuar a explicação desse mesmo texto, pois o texto diz que único chifre (poder) desse bode fora quebrado, ao se quebrar, seu chifre foi substituído por outros quatros chifres, ou seja, quatro poderes que nasceriam após a queda desse primeiro chifre.

 

E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa. (Daniel 8:9)

Após a quebra do único chifre do bode e o aparecimento de mais quatro chifres, nasce um cifre pequeno, assim esse chifre parte para dominar a terra formosa, com um pouco de estudo sabemos que a terra formosa nada mais é do que a própria Jerusalém, segundo a profecia esse chifre pequeno cresceria e invadindo a terra formosa (Jerusalém) e iria profanar o Santuário e iria abolir os sacrifícios feitos todos os dias, um pela manhã e outro pela tarde do mesmo dia.

E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. (Daniel 8:11)

Agora eis a revelação sobre o bode e o carneiro:

E disse: Eis que te farei saber o que há de acontecer no último tempo da ira; pois isso pertence ao tempo determinado do fim. Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei; O ter sido quebrado, levantando-se quatro em lugar dele, significa que quatro reinos se levantarão da mesma nação, mas não com a força dele. Mas, no fim do seu reinado, quando acabarem os prevaricadores, se levantará um rei, feroz de semblante, e será entendido em adivinhações. (Daniel 8:19-23)


A profecia só iria se cumprir depois que o Reino da Grécia derrotasse o Reino da Média e da Pérsia, ou seja, o carneiro de dois chifres era o Reino da Média e da Persa e o bode valente era o Reino da Grécia, sendo assim, resta-nos saber quem era o Reino da Grécia, pois o Reino da Média e da Pérsia nós já sabemos, eles derrotaram o Rei da Babilônia perto do fim do cativeiro.

OBS: O carneiro tinha dois chifres, exatamente porque o Reino da Média e da Pérsia era um império constituído por esses dois Reinos, todos os conheciam como Império Medos e Persas, ou seja, dois chifres (dois poderes), o Reino da Grécia era constituído por um chifre apenas ou (um poder), porém esse chifre tinha como característica ser (Grande), sendo assim, ele se referia a Alexandre o Grande ou Magno,  pois foi ele quem derrotou o Império Medos e Persas; Prestem atenção:

Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei; (Daniel 8:20-21)


 
Agora ficou mais fácil entender quando se cumpriu a profecias das 2300 tardes e manhãs do Profeta Daniel.


Vamos relembrar os fatos profetizados:
 

(1º)
Alexandre Magno iria derrotar o Império Medos e Persas.

(2º) Alexandre Magno iria morrer e de seu Reino sairiam quatro outros Reinos.

(3º) Desses quatro Reinos se levantaria um pequeno chifre no qual iria invadir Jerusalém.

(4º) Esse pequeno chifre iria profanar o Santuário e abolir os Sacrifícios durante 1150 dias.

O bode de um chifre (Alexandre Magno) iria derrotar o carneiro de dois chifres (Império Medos e Persas). Essa profecia fora cumprida e narrada na própria Bíblia Sagrada, pois no livro dos Macabeus descreve esse fato:

“1. Ora, aconteceu que, já senhor da Grécia, Alexandre, filho de Filipe da Macedônia, oriundo da terra de Cetim, derrotou também Dario, rei dos persas e dos medos e reinou em seu lugar” (I Macabeus capítulo 1)
 

Profecia de Daniel:

Aquele carneiro que viste com dois chifres são os reis da Média e da Pérsia, Mas o bode peludo é o rei da Grécia; e o grande chifre que tinha entre os olhos é o primeiro rei; (Daniel 8:20-21)

Fatos ocorridos por volta do século IV antes de Cristo, Flávio Joséfo, famoso historiador judeu, diz em seu livro (História das antiguidades) que Alexandre Magno era o famoso príncipe Grego que o Profeta Daniel fazia menção em sua profecia.

Alexandre, depois de assim responder a Parmênio, abraçou o sumo sacerdote e os outros sacerdotes, caminhou no meio deles até Jerusalém, subiu ao Templo e ofereceu sacrifícios a Deus da maneira como o sumo sacerdote lhe disse para fazer. O sumo sacerdote mostrou-lhe em seguida o livro de Daniel, no qual estava escrito que um príncipe grego destruiria o império dos persas e disse-lhe que não duvidava de que era dele que a profecia fazia menção. Alexandre ficou muito contente. No dia seguinte, mandou reunir o povo e ordenou que dissessem que favores desejavam receber dele” (Flavio Josefo História das antiguidades, Livro 11 capítulo 8) 

Após o Reino da Grécia (Alexandre Magno) derrotar o Império Medos e Persas, ele se tornaria o maior Reino existente. Fatos narrados nos livros dos Macabeus.

“2. Empreendeu (Alexandre Magno) inúmeras guerras, apoderou-se de muitas cidades e matou muitos reis. 3. Avançou até os confins da terra e apoderou-se das riquezas de vários povos, e diante dele silenciou a terra. Tornando-se altivo, seu coração ensoberbeceu-se. 4. Reuniu um imenso exército, 5. impôs seu poderio aos países, às nações e reis, e todos se tornaram seus tributários” (I Macabeus capítulo 1)

E o bode se engrandeceu sobremaneira; mas, estando na sua maior força, aquele grande chifre foi quebrado; e no seu lugar subiram outros quatro também insignes, para os quatro ventos do céu.
(Daniel 8:8)

Após as conquistas de Alexandre Magno, ele iria morrer e de seu Reino sairiam outros quatro Reinos. Fatos narrados nos livros dos Macabeus.

“8. Alexandre havia reinado doze anos ao morrer. 9. Seus familiares receberam cada qual seu próprio reino. 10. Puseram todos o diadema depois de sua morte, e, após eles, seus filhos durante muitos anos; e males em quantidade multiplicaram-se sobre a terra” (I Macabeus capítulo 1)

Segundo o historiador Judeu Flávio Joséfo, o reino de Alexandre Magno fora justamente dividido em quatro outros Reinos.

Alexandre, o Grande, morreu, depois de vencer os persas e tratar Jerusalém do modo como falamos. Seu império foi dividido entre os chefes de seu exército: Antígono recebeu a Ásia; Seleuco, a Babilônia e as nações vizinhas; Lisímaco, o Helesponto; Cassandro, a Macedônia e Tolomeu, filho de Lago, o Egito.Houve divergências entre eles com relação ao governo, as quais causaram sangrentas e longas guerras, desolação em várias cidades e a morte de um grande número de pessoas." (Flavio Josefo História das antiguidades, Livro 12 capítulo 1)

Ásia e Babilônia formaram um só Reino após Seleuco vencer Antigono na famosa batalha de Issus (300 A.C), ou seja, o Reino Selêucidas. (do qual sairá Antioco Epifanes)

Lisímaco: Continua governando o ponto da Tracía, (Sudoeste da Europa, banhado pelo Mar Negro, Mar Mámara e Mar Egeu)

Cassandro: Governa a Macedônia e a Grécia.

Ptolomeu: Governa Egito, Fenícia e a Palestina.

Assim se formam os quatros grandes reinos profetizados por Daniel após a queda (Morte) de Alexandre Magno. Os reinos ficaram conhecidos como:

(1º) Selêucidas.
(2º) Lisímaco.
(3º) Cassandro Macedônio.
(4º) Ptolomeu Egito.



Algumas décadas após a divisão do Reino de Alexandre Magno, formando esses quatro grandes reinos; o império Selêucidas acaba dominando os outros três Reinos (Lisímaco, Cassandro e Ptolomeu). Fatos se cumprindo na era dos Macabeus; cumprindo-se assim outra profecia de Daniel agora no capítulo (7).

Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. (Daniel 7:8)


Em um desses quatros Reinos (Após a morte de Alexandre Magno), sairá um chifre pequeno que apontará para a terra formosa(Jerusalém).


E de um deles saiu um chifre muito pequeno, o qual cresceu muito para o sul, e para o oriente, e para a terra formosa. (Daniel 8:9)

 

Segundo os livros dos Macabeus, esse pequeno chifre se chama (Antioco Epifanes).


Biografia:

Terceiro filho de Antioco Magno III, da dinastia Selêucidas (Um dos quatros Reinos), foi levado para Roma após a Batalha na Magnésia (189 A.C), voltou de Roma e toma o trono do império Selêucidas, vence Ptolomeu VI que governava o Egito, assim concentra suas ação em helenizar os Judeus dentro de Jerusalém.

“8. Alexandre havia reinado doze anos ao morrer. 9. Seus familiares receberam cada qual seu próprio reino. 10. Puseram todos o diadema depois de sua morte, e, após eles, seus filhos durante muitos anos; e males em quantidade multiplicaram-se sobre a terra. 11. Desses reis originou-se uma raiz de pecado: Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco, que havia estado em Roma, como refém, e que reinou no ano cento e trinta e sete do reino dos gregos” (I Macabeus capítulo 1)

Antioco Epifanes, considerado a (Raiz do Pecado), originou-se de um dos quatros Reino após a morte de (Alexandre Magno); em sua biografia diz que ele fazia parte da dinastia Selêucidas. Vindo ele de Roma, concentrou suas atenções na tentativa de helenizar os Judeus dentro de Jerusalém, assim como o profeta Daniel menciona em suas profecias.

Podemos encontrar esse registro no próprio livro dos Macabeus:

“20. Após ter derrotado o Egito, pelo ano cento e quarenta e três, regressou Antíoco e atacou Israel, subindo a Jerusalém com um forte exército. 21. Penetrou cheio de orgulho no santuário, tomou o altar de ouro, o candelabro das luzes com todos os seus pertences, 22. a mesa da proposição, os vasos, as alfaias, os turíbulos de ouro, o véu, as coroas, os ornamentos de ouro da fachada, e arrancou as embutiduras. 23. Tomou a prata, o ouro, os vasos preciosos e os tesouros ocultos que encontrou. 24. Arrebatando tudo consigo, regressou à sua terra, após massacrar muitos judeus e pronunciar palavras injuriosas 25. Foi isso um motivo de desolação em extremo para todo o Israel (I Macabeus capítulo 1)

 

Em (História das antiguidades), Flávio Joséfo narra o mesmo fato narrado no livro dos Macabeus:

 

 Os quatro chifres pequenos nascidos desse grande chifre e que se dirigi­am para as quatro partes do mundo representavam aqueles que depois da morte desse soberano dividiriam entre si esse grande império, embora não fossem nem seus filhos nem seus descendentes. Eles reinariam durante vários anos, e de sua posteridade viria um rei que faria guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma de sua república, saquearia o Templo e durante três anos proibiria que ali se oferecessem sacrifícios. Isso tudo aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio. (Flavio Josefo, História das Antiguidades, livro 11 capítulo 12)

 

Agora se inicia a profanação do Templo e a abolição dos Sacrifícios, cumprindo as 2300 tardes e manhãs do Profeta Daniel. Esse pequeno chifre (Antioco Epifanes), após crescer e invadir a Jóia dos Paises (Jerusalém) profanaria o Templo e suspenderia os Holocaustos durante 2300 tardes e manhãs, como vimos nas explicações acima, as 2300 tardes e manhãs correspondem a 2300 Holocaustos que seriam realizados um pela tarde e outro pela manhã durante 1150 dias corridos.

E se engrandeceu até contra o príncipe do exército; e por ele foi tirado o sacrifício contínuo, e o lugar do seu santuário foi lançado por terra. (Daniel 8:11)

Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do sacrifício contínuo, e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até duas mil e trezentas tardes e manhãs; e o santuário será purificado. (Daniel 8:13-14)



O historiador Judeu Flávio Joséfo também deixou esse fato registrado em seu livro (História das antiguidades), assim ele também menciona que tal fato era o cumprimento da profecia de Daniel:

Os quatro chifres pequenos nascidos desse grande chifre e que se dirigiam para as quatro partes do mundo representavam aqueles que depois da morte desse soberano dividiriam entre si esse grande império, embora não fossem nem seus filhos nem seus descendentes. Eles reinariam durante vários anos, e de sua posteridade viria um rei que faria guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma de sua república, saquearia o Templo e durante três anos proibiria que ali se oferecessem sacrifícios. Isso tudo aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio (Flavio Josefo, História das Antiguidades, livro 11 capítulo 12)


Segundo a profecia, após a profanação do templo, os Holocaustos seriam abolidos durante as 2300 tardes e manhãs, porém seriam restabelecidos depois da purificação do templo; fatos narrados nos livros dos Macabeus.

“52. No dia vinte e cinco do nono mês, isto é, do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram muito cedo, 53. e ofereceram um sacrifício legal sobre o novo altar dos holocautos, que haviam construído. 54. Foi no mesmo dia e na mesma data em que os gentios o haviam profanado, que o altar foi de novo consagrado ao som de cânticos, das harpas, das liras e dos címbalos. 59. Foi estabelecido por Judas e seus irmãos, e por toda a assembléia de Israel que os dias da dedicação do altar seriam celebrados cada ano em sua data própria, durante oito dias, a partir do dia vinte e cinco do mês de Casleu, e isto com alegria e regozijo” (I Macabeus capítulo 4)

Flávio Joséfo em seu livro vai mais além, segundo ele, a purificação do Templo realizada por Judas Macabeus e seus Irmãos, a volta dos Sacrifícios e a institucionalização da festa da dedicação ou festa das luzes, seria o cumprimento da Profecia de Daniel:

Judas, após obter tão grandes vitórias sobre os generais do exército de Antíoco, persuadiu os judeus a ir a Jerusalém dar graças a Deus, como lhe eram devidas, purificar o Templo e oferecer sacrifícios....Isso se deu no mesmo dia em que, três anos antes, o Templo fora indignamente profanado por Antíoco e abandonado, no dia vinte e cinco do mês de Casleu, no ano cento e quarenta e cinco, e na Olimpíada cento e cinqüenta e três. A renovação ocorreu no mesmo dia do ano cento e quarenta e oito e da Olimpíada cento e cinqüenta e quatro, como o profeta Daniel havia predito, quatrocentos e oito anos antes, dizendo clara e distintamente que o Templo seria profanado pelos macedônios. Judas celebrou durante oito dias com todo o povo, por meio de solenes sacrifícios, a festa da dedicação do Templo....F oi determinado realizar-se todos os anos aquela festa, durante oito dias. Chamaram-na festa das luzes porque, segundo a minha opinião, essa felicidade foi como uma luz agradável que dissipou as trevas de nossos longos sofrimentos, aparecendo numa ocasião em que não poderíamos sequer imaginá-la” (Flavio Josefo, História das Antiguidades, livro 12 capítulo 11)

Essa é a única interpretação existente sobre as 2300 tardes e manhãs de Daniel, fora isso são aberrações proféticas de mentes esquizofrênicas para termina, eu irei colocar mais um trecho do livro de Flávio Joséfo a respeito da interpretação do capítulo oito de Daniel. Lembrando que Flávio Joséfo era fariseu, versátil nas escrituras e totalmente imparcial, pois o mesmo não era Cristão.

Narrarei uma de suas profecias, para mostrar como eram corretas. Ele disse que, tendo saído com os seus companheiros da cidade de Susã, que é a capital do reino da Pérsia, para tomar ar no campo, houve um tremor de terra, que surpreendeu e espantou de tal modo os que estavam com ele que todos fugiram e o deixaram sozinho. Ele lançou-se então com o rosto em terra e, estando assim nesse estado, percebeu que alguém o tocava e lhe dizia para levantar, a fim de ver as coisas que sucederiam muito tempo depois aos de sua nação.

Depois que ele se ergueu, viu um carneiro que tinha vários chifres, sendo o último maior que os outros. Voltando os olhos para o lado do ocidente, viu aproximar-se um bode, que se chocou com o carneiro, derrubou-o e o pisou. Viu depois sair da fronte desse bode um chifre bem grande, que foi quebrado, e dele saíram outros quatro, voltados para os quatro ventos. Entre esses quatro chifres, surgiu um menor. Deus lhe disse que esse chifre, quando crescesse, faria guerra à sua nação, tomaria Jerusalém, aboliria todas as cerimônias do Templo e durante [mil e duzentos e noventa e seis dias] proibiria que ali se ofere­cessem sacrifícios.

Depois que Deus lhe manifestou essa visão, explicou-a deste modo: o carnei­ro significava o império dos medos e dos persas, cujos reis eram representados pelos chifres. O maior era o último deles, porque sobrepujava a todos em rique­zas e em poder. O bode significava que viria da Grécia um rei que venceria os persas e se tornaria senhor daquele grande império — o chifre grande significava esse rei. Os quatro chifres pequenos nascidos desse grande chifre e que se dirigi­am para as quatro partes do mundo representavam aqueles que depois da morte desse soberano dividiriam entre si esse grande império, embora não fossem nem seus filhos nem seus descendentes. Eles reinariam durante vários anos, e de sua posteridade viria um rei que faria guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma de sua república, saquearia o Templo e durante [três anos]proibiria que ali se oferecessem sacrifícios. Isso tudo aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio.

Esse grande profeta deu também notícia do império de Roma e da extrema desolação a que reduziria o nosso país. Deus lhe tornou patentes todas essas coi­sas, e ele as deixou por escrito para serem admiradas pelos que lhe vissem os efeitos, para mostrar os favores que recebera dEle e para confundir os erros dos epicureus, que, em vez de adorarem a Providência, dizem que Ele não se importa com os interesses deste mundo e que a terra não é conservada nem governada por essa suprema Essência, igualmente bem-aventurada, incorruptível e onipotente, mas subsiste por si mesma. Se eles considerassem verdade o que dizem, ver-se-iam logo perecendo como um navio que, não tendo piloto, é batido pela tempestade ou como um carro sem condutor, que é arrastado pelos cavalos. Não pode haver melhor prova que as profecias de Daniel para nos fazer constatar a loucura de quem não aceita que Deus tenha cuidado com o que se passa sobre a terra. Pois se tudo o que acontece no mundo é por acaso, como explicar o cumprimento de todas essas profecias? Julguei meu dever relatar tudo isso conforme o que encon­trei nos Livros Santos, mas deixo a cada qual liberdade para ter outras opiniões ou acreditar no que quiser. (Flávio Josefo História das antiguidades judaicas livro 10 capítulo 12)


E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá [mil duzentos e noventa dias]. (Daniel 12:11)


Autor: Leonardo Soares
Referencias bibliográficas:
Bíblia João Ferreira de Almeida.
Flavio Josefo livro História dos Hebreus.