Capítulo XII - O tempo do fim

Capítulo XII - O tempo do fim

Capítulo XII - O tempo do fim

 


Bom, este é o último capítulo de Daniel que fala a respeito do "o tempo do fim", para alguns o tempo do fim simboliza o fim do mundo, esta ai porque eu coloquei esta foto, so porque esta escrito o tempo do fim, significa que o mundo vai acabar, interessante não é? em Daniel capítulo 8 versículo 19 na revelação do anjo, ele também diz o tempo do fim, mais no versículo 20 e 21 ele fala que o Carneiro com os seus dois chifres era os reis da Média e da Persia, e o Bode era o Rei da Grecia, como isto ocorreria no tempo do fim, sendo que a revelação Bíblica esta apontando para os Reis históricos? é ai que esta a chave, o tempo do fim não simboliza o fim do mundo, mais sim um tempo determinado por Deus, só Deus conhece o tempo do fim que ele mesmo determinou, e este tempo do fim ocorreu durante o reinado desses reis Média e Persia, Grécia e até Antíoco IV Epífâneo, que aboliu as leis e os sacrifícios por 3 anos e meio, este foi o tempo do fim determinado por Deus, vamos analizar Daniel Capítulo 12:


E naquele tempo se levantará Miguel, o grande príncipe, que se levanta a favor dos filhos do teu povo, e haverá um tempo de angústia, qual nunca houve, desde que houve nação até àquele tempo; mas naquele tempo livrar-se-á o teu povo, todo aquele que for achado escrito no livro. (Daniel 12:1)

Miguel é o grande príncipe que sempre se levanta a favor do povo de Deus, ele se levantaria "naquele tempo", o capítulo 11 termina com Antíoco IV Epífâneo, sendo assim naquele tempo é referênte aos três anos e meio de profanação, é neste tempo que Miguel se levantaria em favor de teu povo, Miguel lutava contra os Reis da Persia (Daniel 10:13), neste tempo ele se levantou a favor do teu povo os nomes que se acharam escritos no livro da vida.


E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para vida eterna, e outros para vergonha e desprezo eterno. Os que forem sábios, pois, resplandecerão como o fulgor do firmamento; e os que a muitos ensinam a justiça, como as estrelas sempre e eternamente. E tu, Daniel, encerra estas palavras e sela este livro, até ao fim do tempo; muitos correrão de uma parte para outra, e o conhecimento se multiplicará. (Daniel 12:2-4)

Agora temos uma revelação futura, a ressureição dos mortos, isto ocorrerá somente no "último dia" (João 6:54; João 11:24; João 6:44; João 12:48) e não no tempo do fim, esta ressureição ocorrerá somente com a volta do Messias, uns serão ressuscitados para a vida eterna, e outros para morte e despreso eterno, este é o juizo final de toda a humanidade:

 

Dizemo-vos, pois, isto, pela palavra do Senhor: que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, não precederemos os que dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor. (1 Tessalonicenses 4:15-17)

 

Os que herdarão a vida eterna serão "arrebatados", os que herdarão vergonha e desprezo eterno serão queimados com o fogo que não se apaga (Mateus 3:11-12)

E quando o Filho do homem vier em sua glória, e todos os santos anjos com ele, então se assentará no trono da sua glória; E todas as nações serão reunidas diante dele, e apartará uns dos outros, como o pastor aparta dos bodes as ovelhas; (Mateus 25:31-32)... "E irão estes para o tormento eterno, mas os justos para a vida eterna. (Mateus 25:46)

 

Então eu, Daniel, olhei, e eis que estavam em pé outros dois, um deste lado, à beira do rio, e o outro do outro lado, à beira do rio. E ele disse ao homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio: Quando será o fim destas maravilhas? E ouvi o homem vestido de linho, que estava sobre as águas do rio, o qual levantou ao céu a sua mão direita e a sua mão esquerda, e jurou por aquele que vive eternamente que isso seria para um tempo, tempos e metade do tempo, (3 anos e meio) e quando tiverem acabado de espalhar o poder do povo santo, todas estas coisas serão cumpridas. Eu, pois, ouvi, mas não entendi; por isso eu disse: Senhor meu, qual será o fim destas coisas? E ele disse: Vai, Daniel, porque estas palavras estão fechadas e seladas até ao tempo do fim. Muitos serão purificados, e embranquecidos, e provados; mas os ímpios procederão impiamente, e nenhum dos ímpios entenderá, mas os sábios entenderão. E desde o tempo em que o sacrifício contínuo for tirado, e posta a abominação desoladora, haverá [mil duzentos e noventa dias]. Bem-aventurado o que espera e chega até mil trezentos e trinta e cinco dias. (Daniel 12:5-12)

Obs:

1290 dias / 360 (um ano) = 3 anos e meio
(Tempo de duração em que os sacrifícios contínuos seriam tirados, e posta a abominação asoladora, 1290 dias são três anos e meio literais, tempo que duraria as 2300 tardes e manhãns (sacrifício contínuo)

Depois ouvi um santo que falava; e disse outro santo àquele que falava: Até quando durará a visão do (sacrifício contínuo), e da transgressão assoladora, para que sejam entregues o santuário e o exército, a fim de serem pisados? E ele me disse: Até [duas mil e trezentas tardes e manhãs]; e o santuário será purificado. (Daniel 8:13-14)

 

 Aqui encontramos a chave do capítulo, veja que o anjo disse sobre os sacrifícios contínuos e da abominação desoladora que duraria (1290) dias, desde que for tirado o sacrifício contínuo e for posta a abominação assoladora haverá 1290 dias, bem-aventurados os que viveriam e chegariam mais que a duração desta abominação (1335 dias), esta abominação desoladora é a de Antióco IV Epífâneo, foi ele que proibiu os sacrifícios contínuos e instalou a abominação da desolação durante este tempo:

No dia quinze do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e cinco, edificaram a abominação da desolação por sobre o altar e construíram altares em todas as cidades circunvizinhas de Judá. Ofereciam sacrifícios diante das portas das casas e nas praças públicas, rasgavam e queimavam todos os livros da lei que achavam;em toda parte, todo aquele em poder do qual se achava um livro do testamento, ou todo aquele que mostrasse gosto pela lei, morreria por ordem do rei. Com esse poder que tinham, tratavam assim, cada mês, os judeus que eles encontravam nas cidades e, no dia vinte e cinco do mês, sacrificavam no altar, que sobressaía ao altar do templo. (I Macabeus 1:54-59)

No dia vinte e cinco do nono mês, isto é, do mês de Casleu, do ano cento e quarenta e oito, eles se levantaram muito cedo,e ofereceram um sacrifício legal sobre o novo altar dos holocautos, que haviam construído.(I Macabeus 4:52-53)

Início: 15 de Casleu do ano 145 a.C
Fim: 25 de Casleu do ano 148 a.C


Calendário Hebraico

15 de Casleu de 145 a.C

(15 dias restantes de Casleu)

10 Tevet 30 dias Tebetu  
11 Shevat 30 dias Shabatu  
12 Adar I 29 dias Adaru  
13 Adar II 29 dias Adaru

 

146  a.C

1

Nissan

30 dias

Nisanu

2

Iyar

29 dias

Ayaru

3

Sivan

30 dias

Simanu

 

4

Tammuz

29 dias

Du`uzu

 

5

Av

30 dias

Abu

 

6

Elul

29 dias

Ululu

 

7

Tishrei

29 dias

Tashritu

 

8

Heshvan

29 ou 30 dias

Arakhsamna

 

9

Kislev

29 ou 30 dias

Kislimu

 

10

Tevet

30 dias

Tebetu

 

11

Shevat

30 dias

Shabatu

 

12

Adar I

29 dias

Adaru

 

13

Adar II

29 dias

Adaru

 



147 a.C

1

Nissan

30 dias

Nisanu

2

Iyar

29 dias

Ayaru

3

Sivan

30 dias

Simanu

4

Tammuz

29 dias

Du`uzu

5

Av

30 dias

Abu

6

Elul

29 dias

Ululu

7

Tishrei

29 dias

Tashritu

8

Heshvan

29 ou 30 dias

Arakhsamna

9

Kislev

29 ou 30 dias

Kislimu

10

Tevet

30 dias

Tebetu

11

Shevat

30 dias

Shabatu

 

12

Adar I

29 dias

Adaru

 

13

Adar II

29 dias

Adaru

 


 
148 a.C

1

Nissan

30 dias

Nisanu

2

Iyar

29 dias

Ayaru

3

Sivan

30 dias

Simanu

 

4

Tammuz

29 dias

Du`uzu

 

5

Av

30 dias

Abu

 

6

Elul

29 dias

Ululu

 

7

Tishre

29 dias

Tashritu

 

8

Heshvan

29 ou 30 dias

Arakhsamna

 

9

Kislev

25 dias

Kislimu

 



25 de Casleu de 148 a.C

 

Total: 1157 dias

2300 (tardes e manhãs) / 2 = 1150 dias

Foi durante este período em que os sacrifícios contínuos foram tirados e posta a abominação desoladora, com a duração de três anos e meio no calendário Hebraico durante 1157 dias, 1290 dias no calendário Solar, O calendário hebraico é um calendário do tipo lunissolar cujos meses são baseados nos ciclos da Lua, enquanto o ano é adaptado regularmente de acordo com o ciclo solar. Por isso ele é composto alternadamente por anos de 12 ou 13 meses. Então no calendário Hebraico teve três anos e meio literais com aduração de 1157 dias, então três anos e meio no calendário Hebraico temos a duração de 1157 dias aproximadamente, o calendário que foi usado por Daniel que teve a duração de 1290 dias não era o Hebraico, mais sim o Solar, pois a contagem é de 1290 dias / 360 dias = três anos e meio líterais, lembrando que o calendário Hebraico um ano equivale a 354 dias a 382, por causa dos meses que tem a variação de dias de 29 ou 30 dias, já o Gregoriano equivale a 365 dias, infelismente alguns lunáticos não sabem calcular e inventam um numero (1090 dias), para falar que a profecia não foi exata, infelismente nunca achei esses 1090 dias dentro desses três anos e meio, e sim 1290 dias de um calendário, e 1157 do calendário Hebraico equivalendo também a três anos e meio, mais se somar-mos três anos do calendário Hebraico equivalendo a 382 dias (inteiros) cada ano, e meio ano que equivale a 191 dias o resultado é 1337 dias, isto também se aproxima daquela parte que o anjo fala: "...Bem-aventurado o que espera e chega até
[mil trezentos e trinta e cinco dias]. (Daniel 12:5-12),
Lembrando que não há uma exatidão numérica entre os Hebreus, pois eles trabalhavam com números lógicos e perfeitos como (7) e (12), também não há uma exata precisão nas datas, pode haver uma diferença, mesmo assim, conseguimos entender perfeitamente que estava profetizando a abominação desoladora durante um tempo em que os sacrifícios contínuos seriam tirados, e as leis abolidas, durante durante três anos e meio, e após este período ele seria purificado novamente, e eles voltariam a fazer sacrifícios, esta profecia veio a se cumprir no reinado de Antióco IV Epífâneo.



Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua herança, no fim dos dias.
(Daniel 12:13)


 

E assim se encerra o livro de Daniel, tirando os dois capítulos Deuterocanônicos.


 

Narrarei uma de suas profecias, para mostrar como eram corretas. Ele disse que, tendo saído com os seus companheiros da cidade de Susã, que é a capital do reino da Pérsia, para tomar ar no campo, houve um tremor de terra, que surpreendeu e espantou de tal modo os que estavam com ele que todos fugiram e o deixaram sozinho. Ele lançou-se então com o rosto em terra e, estando assim nesse estado, percebeu que alguém o tocava e lhe dizia para levantar, a fim de ver as coisas que sucederiam muito tempo depois aos de sua nação.

Depois que ele se ergueu, viu um carneiro que tinha vários chifres, sendo o último maior que os outros. Voltando os olhos para o lado do ocidente, viu aproximar-se um bode, que se chocou com o carneiro, derrubou-o e o pisou. Viu depois sair da fronte desse bode um chifre bem grande, que foi quebrado, e dele saíram outros quatro, voltados para os quatro ventos. Entre esses quatro chifres, surgiu um menor. Deus lhe disse que esse chifre, quando crescesse, faria guerra à sua nação, tomaria Jerusalém, aboliria todas as cerimônias do Templo e durante [mil e duzentos e noventa e seis dias] proibiria que ali se ofere­cessem sacrifícios.

Depois que Deus lhe manifestou essa visão, explicou-a deste modo: o carnei­ro significava o império dos medos e dos persas, cujos reis eram representados pelos chifres. O maior era o último deles, porque sobrepujava a todos em rique­zas e em poder. O bode significava que viria da Grécia um rei que venceria os persas e se tornaria senhor daquele grande império — o chifre grande significava esse rei. Os quatro chifres pequenos nascidos desse grande chifre e que se dirigi­am para as quatro partes do mundo representavam aqueles que depois da morte desse soberano dividiriam entre si esse grande império, embora não fossem nem seus filhos nem seus descendentes. Eles reinariam durante vários anos, e de sua posteridade viria um rei que faria guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma de sua república, saquearia o Templo e durante [três anos]proibiria que ali se oferecessem sacrifícios. Isso tudo aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio.

Esse grande profeta deu também notícia do império de Roma e da extrema desolação a que reduziria o nosso país. Deus lhe tornou patentes todas essas coi­sas, e ele as deixou por escrito para serem admiradas pelos que lhe vissem os efeitos, para mostrar os favores que recebera dEle e para confundir os erros dos epicureus, que, em vez de adorarem a Providência, dizem que Ele não se importa com os interesses deste mundo e que a terra não é conservada nem governada por essa suprema Essência, igualmente bem-aventurada, incorruptível e onipotente, mas subsiste por si mesma. Se eles considerassem verdade o que dizem, ver-se-iam logo perecendo como um navio que, não tendo piloto, é batido pela tempestade ou como um carro sem condutor, que é arrastado pelos cavalos. Não pode haver melhor prova que as profecias de Daniel para nos fazer constatar a loucura de quem não aceita que Deus tenha cuidado com o que se passa sobre a terra. Pois se tudo o que acontece no mundo é por acaso, como explicar o cumprimento de todas essas profecias? Julguei meu dever relatar tudo isso conforme o que encon­trei nos Livros Santos, mas deixo a cada qual liberdade para ter outras opiniões ou acreditar no que quiser. (Flávio Josefo História das antiguidades judaicas livro 10 capítulo 12)


Autor: Leonardo Soares
Referencias bibliográficas:
Bíblia João Ferreira de Almeida.
Livro dos Macabeus