Capitulo II - o Sonho da Estátua

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Capitulo II - o Sonho da Estátua

Capitulo II - o Sonho da Estátua

 

Naquele tempo, o rei da Babilônia teve um sonho profético que muito lhe incomodou, após a frustrada tentativa de receber a interpretação desse sonho pelos seus adivinhos e magos, foi lhe apresentado Daniel, o jovem Hebreus de muita sabedoria, no qual toda a corte dizia ter a sabedoria dos deuses; Daniel por sua vez, na tentativa de salva a sua vida e de seus 3 amigos, implorou a Deus que lhe desse a revelação e pudesse interpretar o sonho de Nabucodonosor:  

 

"Para que pedissem misericórdia ao Deus do céu, sobre este mistério, a fim de que Daniel e seus companheiros não perecessem, juntamente com o restante dos sábios de babilônia. Então foi revelado o mistério a Daniel numa visão de noite; então Daniel louvou o Deus do céu". (Daniel 2:18-19) 

 

Daniel revela profecias futuras para depois do reino de Nabucodonosor

 

"Respondeu o rei, e disse a Daniel (cujo nome era Beltessazar): Podes tu fazer-me saber o sonho que tive e a sua interpretação? Respondeu Daniel na presença do rei, dizendo: O segredo que o rei requer, nem sábios, nem astrólogos, nem magos, nem adivinhos o podem declarar ao rei; Mas há um Deus no céu, o qual revela os mistérios; ele, pois, fez saber ao rei Nabucodonosor o que há de acontecer nos últimos dias; o teu sonho e as visões da tua cabeça que tiveste na tua cama são estes: Estando tu, ó rei, na tua cama, subiram os teus pensamentos, acerca do que há de ser depois disto. Aquele, pois, que revela os mistérios te fez saber o que há de ser. E a mim me foi revelado esse mistério, não porque haja em mim mais sabedoria que em todos os viventes, mas para que a interpretação se fizesse saber ao rei, e para que entendesses os pensamentos do teu coração". (Daniel 2:26-30).

 

Esse foi o sonho de Nabucodonosor:  

 

"Tu, ó rei, estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua; esta estátua, que era imensa, cujo esplendor era excelente, e estava em pé diante de ti; e a sua aparência era terrível. A cabeça daquela estátua era de ouro fino; o seu peito e os seus braços de prata; o seu ventre e as suas coxas de cobre; As pernas de ferro; os seus pés em parte de ferro e em parte de barro. Estavas vendo isto, quando uma pedra foi cortada, sem auxílio de mão, a qual feriu a estátua nos pés de ferro e de barro, e os esmiuçou. Então foi juntamente esmiuçado o ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais se fizeram como pragana das eiras do estio, e o vento os levou, e não se achou lugar algum para eles; mas a pedra, que feriu a estátua, se tornou grande monte, e encheu toda a terra". (Daniel 2:31-35).

 

No sonho, Nabucodonosor contemplava uma estátua que possuía algumas características, essas características, correspondiam as características dos reinos posteriores ao de Nabucodonosor, o grande mistério está no último enigma, onde uma pedra se deslocando para cima da estátua, se tornaria maior do que a própria estátua, esse sonho profético, foram revelados cinco reinos segundo suas características metafóricas, os reinos eram:  

 

(1º) Um reino com cabeça de ouro.

(2º) Um reino com o peitoral e os braços de prata.

(3º) Um reino com ventre e quadris de bronze.

(4º) Um reino com pernas de ferro e pés metade de ferro e metade de barro.

(5º) Um reino simbolizado por uma pedra, sem intervenção humana essa pedra se tornaria maior que a própria estátua.  

 

Assim começa a revelação do sonho:

 

"Este é o sonho; também a sua interpretação diremos na presença do rei. Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. E onde quer que habitem os filhos de homens, na tua mão entregou os animais do campo, e as aves do céu, e fez que reinasse sobre todos eles; tu és a cabeça de ouro". (Daniel 2:36-38).

 

Segundo o profeta Daniel, Nabucodonosor (império babilônico) era a cabeça de ouro da estátua, ele seria o primeiro reino.  

 

"E depois de ti se levantará outro reino, inferior ao teu; e um terceiro reino, de bronze, o qual dominará sobre toda a terra". (Daniel 2:39) 

 

Daniel profetiza o aparecimento de dois reinos posteriores ao de Nabucodonosor; o primeiro era um reino menor que o de Nabucodonosor e o outro seria um reino maior do que o de Nabucodonosor. Existe uma questão histórica e Bíblica nessa revelação, após a queda do império babilônico, a caldeia ficou sobre o domínio do império dos Medos, ou seja, era um reino menor do que o de Nabucodonosor. No

 

próprio livro de Daniel, ele confirma esse fato histórico:

 

"E Dario, (o medo), ocupou o reino, sendo da idade de sessenta e dois anos". (Daniel 5:31).

 

 Daniel revela que após o aparecimento desse reino menor, viria um reino maior do que o de Nabucodonosor, esse reino, era o reino Persa onde Ciro o Grande unificou o império Medos com o império Persa, dando início a um dos maiores impérios existentes na história das antiguidades. Outro fato histórico confirmado no próprio livro de Daniel:

No terceiro ano de Ciro, rei da Pérsia, foi revelada uma palavra a Daniel, cujo nome era Beltessazar; a palavra era verdadeira e envolvia grande conflito; e ele entendeu esta palavra, e tinha entendimento da visão. (Daniel 10:1)

Assim se concretiza os dois primeiros reinos pós-império Babilônico; então entra o quarto reino; segundo o profeta Daniel, esse reino seria de Ferro e Barro.

 

 E o quarto reino será forte como ferro; pois, como o ferro, esmiúça e quebra tudo; como o ferro que quebra todas as coisas, assim ele esmiuçará e fará em pedaços. E, quanto ao que viste dos pés e dos dedos, em parte de barro de oleiro, e em parte de ferro, isso será um reino dividido; contudo haverá nele alguma coisa da firmeza do ferro, pois viste o ferro misturado com barro de lodo. E como os dedos dos pés eram em parte de ferro e em parte de barro, assim por uma parte o reino será forte, e por outra será frágil. Quanto ao que viste do ferro misturado com barro de lodo, misturar-se-ão com semente humana, mas não se ligarão um ao outro, assim como o ferro não se mistura com o barro.
(Daniel 2:40-43)


A explicação do profeta Daniel foi:

 

O simbolismo do ferro era um reino que dominaria todos os outros reinos (inclusive o império Medos e Persas), ou seja, seria um GRANDE reino, depois esse reino seria dividido, os pés indicavam isso, o ferro e o barro juntos simbolizava que esse reino seria SÓLIDO e FRÁGIL ao mesmo tempo, sendo assim, ele conquistaria os outros reino, mas logo acabaria, sendo divido em vários outros reinos. Essas profecias se cumpriam durante o reinado de Alexandre Magno, filho de Felipe da Macedônia; seu império se tornou o maior de toda a história das antiguidades, seu nome ficou conhecido por todo mundo e registrado na história, temido por seus adversários, tratou de helenizar os reinos por ele conquistados, mas aos (33) anos de idade morreu com uma grande enfermidade, seu reino foi dividido entre parentes e generais.Todos esses fatos foram narrados nos livros dos Macabeus, e este reino dividido está falando sobre os reis do Norte [Selêucidas] e do Sul [Ptolomeus], eles não se misturavam, mais viviam em grandes conflitos um contra o outro, em Daniel capitulo XI, vemos este fato, que ocorreu após queda de Alexandre Magno, seu reino foi dividido em quatro reinos, sendo que os Selêucidas governavam a Síria [Sul da Palestina], e os Ptolomeus governavam o Egito [Norte da Palestina].

 

 Fatos narrados nos livros dos Macabeus:


“1. Ora, aconteceu que, já senhor da Grécia, Alexandre, filho de Filipe da Macedônia, oriundo da terra de Cetim, derrotou também Dario, rei dos persas e dos medos e reinou em seu lugar. “2. Empreendeu inúmeras guerras, apoderou-se de muitas cidades e matou muitos reis. “3. Avançou até os confins da terra e apoderou-se das riquezas de vários povos, e diante dele silenciou a terra. Tornando-se altivo, seu coração ensoberbeceu-se. “4. Reuniu um imenso exército, “5. impôs seu poderio aos países, às nações e reis, e todos se tornaram seus tributários. “6. Enfim, adoeceu e viu que a morte se aproximava.


“7. Convocou então os mais considerados dentre os seus cortesãos, companheiros desde sua juventude, e, ainda em vida, repartiu entre eles o império. 8. Alexandre havia reinado doze anos ao morrer. 9. Seus familiares receberam cada qual seu próprio reino” (I Macabeus capítulo 1)


Segundo o historiador Judeu Flávio Joséfo, o reino de Alexandre Magno fora justamente dividido em quatro outros Reinos.


Alexandre, o Grande, morreu, depois de vencer os persas e tratar Jerusalém do modo como falamos. Seu império foi dividido entre os chefes de seu exército: Antígono recebeu a Ásia; Seleuco, a Babilônia e as nações vizinhas; Lisímaco, o Helesponto; Cassandro, a Macedônia e Tolomeu, filho de Lago, o Egito.Houve divergências entre eles com relação ao governo, as quais causaram sangrentas e longas guerras, desolação em várias cidades e a morte de um grande número de pessoas." (Flavio Josefo História das antiguidades, Livro 12 capítulo 1)


Ásia e Babilônia formaram um só Reino após Seleuco vencer Antigono na famosa batalha de Issus (300 A.C), ou seja, o Reino Selêucidas. (do qual sairá Antioco Epifanes)

Lisímaco: Continua governando o ponto da Tracía, (Sudoeste da Europa, banhado pelo Mar Negro, Mar Mámara e Mar Egeu)

Cassandro: Governa a Macedônia e a Grécia.

Ptolomeu: Governa Egito, Fenícia e a Palestina.

 

Assim se formam os quatros grandes reinos profetizados por Daniel após a queda (Morte) de Alexandre Magno. Os reinos ficaram conhecidos como:

 

(1º) Selêucidas.
(2º) Lisímaco.
(3º) Cassandro Macedônio.
(4º) Ptolomeu Egito.

 

 Esse foi o quarto reino profetizado por Daniel, observem como tudo se cumpriu perfeitamente, nada faltou. Daniel termina a revelação do quarto reino explicando que esse quarto reino seria dividido em vários outros reinos; no livro dos Macabeus é narrado que o império de Alexandre Magno foi dividido entre seus parentes e generais.

 

Por fim, a profecia avança no tempo, termina com o nascimento de Jesus Cristo e o Reino Messiânico.


Mas, nos dias desses reis, o Deus do céu levantará um reino que não será jamais destruído; e este reino não passará a outro povo; esmiuçará e consumirá todos esses reinos, mas ele mesmo subsistirá para sempre, Da maneira que viste que do monte foi cortada uma pedra, sem auxílio de mãos, e ela esmiuçou o ferro, o bronze, o barro, a prata e o ouro; o grande Deus fez saber ao rei o que há de ser depois disto. Certo é o sonho, e fiel a sua interpretação. (Daniel 2:44-45)


Daniel de uma forma oculta diz (no tempo desses reis), seguramente ele se referia ao império romano, pois o Messias nasce entre o Reinado de Otavio Augusto (primeiro imperador de Roma), dando início aos dez chifres e sete cabeças da (Besta) fera do Apocalipse, Otavio além de ser o primeiro imperador de Roma, foi o primeiro a usar o titulo de (Augusto), ou seja, deus entre os homens; o titulo Augusto se opõe ao Reino do Messiânico, pois só Jesus Cristo pode receber o titulo de Deus entre os homens. Assim nasce o quinto Reino profetizado por Daniel, um Reino eterno, imbatível e indestrutível, exatamente no reinado dos imperadores romanos auto proclamados Augusto (deus entre os homens), sendo assim, o Reino Messiânico é simbolizado por uma Rocha que reduzia todos os outros reinos sem intervenção humana, pois Jesus Cristo é o Rei dos Reis, soberano sobre os reis da terra.



Autor: Leonardo Soares
Referencias bibliográficas:
Bíblia João Ferreira de Almeida.
Flávio Josefo História dos Hebreus. 
Livro dos Macabeus