Capítulo VII - Os quatro animais

Criar um Site Grátis Fantástico
Capítulo VII - Os quatro animais

Capítulo VII - A visão sobre os quatro animais

 

Naqueles dias, Daniel teve um sonho profético, revelando um pouco mais sobre o sonho de Nabucodonosor narrado no segundo capítulo de seu livro, nesse sonho, o Profeta contemplou a visão de quatro reinos figurados simbolicamente por quatro animais.

 

O sonho:

 

No primeiro ano de Belsazar, rei de babilônia, teve Daniel um sonho e visões da sua cabeça quando estava na sua cama; escreveu logo o sonho, e relatou a suma das coisas. Falou Daniel, e disse: Eu estava olhando na minha visão da noite, e eis que os quatro ventos do céu agitavam o mar grande. (Daniel 7:1-2)

 

(mar grande) trata-se do mar mediterrâneo no qual separava Jerusalém do mundo pagão, João de Pátimos no livro do Apocalipse diz exatamente isso:

 

Mar se tratava das nações, povos e línguas fora de Israel.

 

E disse-me: As águas que viste, onde se assenta a prostituta, são povos, e multidões, e nações, e línguas. A(pocalipse 17:15)

 

Mar mediterrâneo

 

Os dois textos possuem o mesmo sentido teológico, tanto no Apocalipse quanto em Daniel, o mar mediterrâneo era citado como ponto estratégico dos grandes impérios, pois dominar o mar mediterrâneo era ter o domínio das rotas marítimas daquela região, sendo assim, o grande mar era a principal porta de entrada dos povos pagãos dentro de Israel.

 

Daniel diz que desse mar surgia quatro animais diferentes, ou seja, quatro reinos que estrategicamente possuía o domínio sobre o mar mediterrâneo.

 

E quatro animais grandes, diferentes uns dos outros, subiam do mar. (Daniel 7:3)

 

O primeiro animal:

 

O primeiro era como leão, e tinha asas de águia; enquanto eu olhava, foram-lhe arrancadas as asas, e foi levantado da terra, e posto em pé como um homem, e foi-lhe dado um coração de homem. (Daniel 7:4)

 

O primeiro animal

 

Leão: Império Babilônico:

 

O primeiro império era o império Babilônico, simbolizado por um Leão, o Profeta se utiliza dessa figuração para identificar o próprio rei da Babilônia, o Leão é símbolo de rei dos reis, exatamente como Daniel se refere à Nabucodonosor.

 

Tu, ó rei, és rei de reis; a quem o Deus do céu tem dado o reino, o poder, a força, e a glória. (Daniel 2:37)

      

A queda dessas asas, simbolizava a queda do império Babilônico, o coração humano, significa que o rei da Babilônia que auto se glorificava como um deus aceitou a sua condição humana dando glória ao Criador.

 

Coração humano do rei da Babilônia:

 

Mas ao fim daqueles dias eu, Nabucodonosor, levantei os meus olhos ao céu, e tornou-me a vir o entendimento, e eu bendisse o Altíssimo, e louvei e glorifiquei ao que vive para sempre, cujo domínio é um domínio sempiterno, e cujo reino é de geração em geração. (Daniel 4:34)

 

O segundo animal:

 

Continuei olhando, e eis aqui o segundo animal, semelhante a um urso, o qual se levantou de um lado, tendo na boca três costelas entre os seus dentes; e foi-lhe dito assim: Levanta-te, devora muita carne. (Daniel 7:5)

 

 O segundo animal



Urso: Império Medos e Persas:

 

O império posterior ao da Babilônia era o império Medos e Persas, primeiramente com o domino dos Medos e depois com a anexação dos dois impérios se tornando Medos e Persas.   

  

As três costelas na boca simbolizavam as terras conquistadas:

 

(1º) Lídia (547 a.C.)

(2º) Babilônia (539 a.C.)

(3º) Egito (525 a.C.).

 

O terceiro animal:

 

Depois disto, eu continuei olhando, e eis aqui outro, semelhante a um leopardo, e tinha quatro asas de ave nas suas costas; tinha também este animal quatro cabeças, e foi-lhe dado domínio. (Daniel 7:6)

 

O terceiro animal

 

Pantera: Império Grego. (Alexandre Magno)

 

Simbolizado por uma pantera, Alexandre Magno, conquistou rapidamente todos os territórios que estavam sob domínio Medos e Persas, anexando-os ao seu império; Alexandre Magno foi o maior império da história das antiguidades, porém, Alexandre Magno morreu aos 33 anos com uma grave enfermidade, seu império foi dividido entre parentes e generais, esse é o simbolismo das quatro asas e das quatro cabeças, seu império foi dividido em quatro reinos.

 

Alexandre, o Grande, morreu, depois de vencer os persas e tratar Jerusalém do modo como falamos. Seu império foi dividido entre os chefes de seu exército: Antígono recebeu a Ásia; Seleuco, a Babilônia e as nações vizinhas; Lisímaco, o Helesponto; Cassandro, a Macedônia e Tolomeu, filho de Lago, o Egito.Houve divergências entre eles com relação ao governo, as quais causaram sangrentas e longas guerras, desolação em várias cidades e a morte de um grande número de pessoas." (Flavio Josefo História das antiguidades, Livro 12 capítulo 1)

 

Ásia e Babilônia formaram um só Reino após Seleuco vencer Antigono na famosa batalha de Issus (300 A.C), ou seja, o Reino Selêucidas.

Lisímaco: Continua governando o ponto da Tracía, (Sudoeste da Europa, banhado pelo Mar Negro, Mar Mámara e Mar Egeu)

Cassandro: Governa a Macedônia e a Grécia.

Ptolomeu: Governa Egito, Fenícia e a Palestina.

Assim se formam os quatros grandes reinos profetizados por Daniel após a queda (Morte) de Alexandre Magno. Os reinos ficaram conhecidos como:

 

(1º) Ptolomeu Egito

(2º) Lisímaco.

(3º) Cassandro Macedônio. 

(4º) Selêucidas.   

 

Dessa forma se conclui a interpretação do terceiro animal.

 

O quarto animal:

Depois disto eu continuei olhando nas visões da noite, e eis aqui o quarto animal, terrível e espantoso, e muito forte, o qual tinha dentes grandes de ferro; ele devorava e fazia em pedaços, e pisava aos pés o que sobejava; era diferente de todos os animais que apareceram antes dele, e tinha dez chifres.

(Daniel 7:7)

 

O quarto animal

 

 

A primeira característica desse quarto animal são os seus dez chifres, ou seja, dez poderem, lembrando que chifres significam reis e reinos, já possuímos os quatro primeiros reis e reinos após Alexandre Magno, são eles:

 

(1º) Ptolomeu Egito
(2º) Lisímaco.
(3º) Cassandro Macedônio.
(4º) Selêucidas.

 

O império Selêucidas com (Antioco Epifanes) domina os outros três Reinos (Ptolomeu, Lisímaco e Cassandro). Fatos ocorridos na era dos Macabeus. Sendo os quatro primeiros reinos (chifres) os reinos da divisão de Alexandre Magno e um de seus reinos (Selêucidas) dominando os outros três reinos, consequentemente os outros seis (chifres) que faltam, eram os seis reis que se levantaram no império (Selêucidas) até o momento do seu domínio sobre os demais reinos com (Antioco Epifanes).

 

 Seleuco foi o primeiro rei do império Selêucidas

depois dele vieram:

 

(2º) Antíoco I Sóter I (281 a.C. 261 a.C.).
(3º) Antíoco II Teo (261 a.C. 246 a.C.).
(4º) Seleuco II Calínico (246 a.C. 225 a.C.).
(5º) Seleuco III Sóter II (225 a.C. 223 a.C.).
(6º) Antíoco III Megal (223 a.C. 187 a.C. O Grande).
(7º) Seleuco IV Filopáter I (187 a.C. 175 a.C.).

 

 Assim formaram-se os dez chifres posteriores ao império Grego de Alexandre Magno, quatro reinos da divisão do império e os seis reis Selêucidas até a dominação sobre os outros três reinos.

 

(1º) Ptolomeu.
(2º) Cassandro.
(3º) Lisiamo.
(4º) Seleuco. I Nicator I (305 a.C. 281 a.C.). Primeiro Imperador dos Selêucidas.
(5º) Antíoco I Sóter I (281 a.C. 261 a.C.).
(6º) Antíoco II Teo (261 a.C. 246 a.C.).
(7º) Seleuco II Calínico (246 a.C. 225 a.C.).
(
8º) Seleuco III Sóter II (225 a.C. 223 a.C.).
(9º) Antíoco III Megal (223 a.C. 187 a.C. O Grande).
(10º) Seleuco IV Filopáter I (187 a.C. 175 a.C.).

 

 Esse é o momento em que Daniel profetiza o domínio do império (Selêucidas) sobre os outros três impérios, (Ptolomeu, Cassandro e Lisiamo), observem o texto:

 

 Estando eu a considerar os chifres, eis que, entre eles subiu outro chifre pequeno, diante do qual três dos primeiros chifres foram arrancados; e eis que neste chifre havia olhos, como os de homem, e uma boca que falava grandes coisas. (Daniel 7:8)

 

 Lendo o texto, percebemos que Daniel revelar o nascimento de um chifre menor e posterior aos outros dez cifres, sendo assim, esse chifre menor arrancaria os três primeiros chifres (Ptolomeu, Cassandro e Lisiamo), ou seja, um desses quatro impérios nascidos da divisão de Alexandre Magno dominaria os outros três impérios; seguindo a cronologia histórica, podemos concluir que o império Selêucidas apoderou-se dos outros três impérios no reinado de (Antioco Epifanes) que subiu ao trono depois de Seleuco IV (o décimo rei).

 

 Os 10 chifres do quarto animal:

(1º) Ptolomeu.
(2º) Cassandro.
(3º) Lisiamo.

(Imperadores Sêleucidas)

(4º) Seleuco. I Nicator I (305 a.C. 281 a.C.). (Primeiro Imperador dos Selêucidas).
(5º) Antíoco I Sóter I (281 a.C. 261 a.C.).
(6º) Antíoco II Teo (261 a.C. 246 a.C.).
(7º) Seleuco II Calínico (246 a.C. 225 a.C.).
(8º) Seleuco III Sóter II (225 a.C. 223 a.C.).
(9º) Antíoco III Megal (223 a.C. 187 a.C. O Grande).
(10º) Seleuco IV Filopáter I (187 a.C. 175 a.C.).

 

 (Chifre pequeno)

 

(11º) Antíoco IV Epífanes (175  a.C  164  a.C).

 

 

O chifre pequeno

Biografia: (Antioco Epifanes).

 

 Terceiro filho de Antioco Magno III, da dinastia Selêucidas (Um dos quatros Reinos), foi levado para Roma após a Batalha na Magnésia (189 A.C), voltou de Roma e toma o trono do império Selêucidas, vence Ptolomeu VI que governava o Egito, assim concentra suas ação em helenizar os Judeus dentro de Jerusalém.


Fatos narrados nos livros dos Macabeus:

 

 Alexandre havia reinado doze anos ao morrer. Seus familiares receberam cada qual seu próprio reino. Puseram todos o diadema depois de sua morte, e, após eles, seus filhos durante muitos anos; e males em quantidade multiplicaram-se sobre a terra. Desses reis originou-se uma raiz de pecado: Antíoco Epífanes, filho do rei Antíoco, que havia estado em Roma, como refém, e que reinou no ano cento e trinta e sete do reino dos gregos. ( 1 Macabeus 1:8-11)

 

 Flavio Josefo também narra à tirania de Antioco Epifanes:

 

 Os quatro chifres pequenos nascidos desse grande chifre e que se dirigi­am para as quatro partes do mundo representavam aqueles que depois da morte desse soberano dividiriam entre si esse grande império, embora não fossem nem seus filhos nem seus descendentes. Eles reinariam durante vários anos, e de sua posteridade viria um rei que faria guerra aos judeus, aboliria todas as suas leis e toda a forma de sua república, saquearia o Templo e durante três anos proibiria que ali se oferecessem sacrifícios. Isso tudo aconteceu sob o reinado de Antíoco Epifânio. (Flavio Josefo, História das Antiguidades, livro 11 capítulo 12)

 

 Antioco Epifanes volta para Síria, conquista o Egito e Jerusalém e ainda possuía certa aliança com a Grécia e Macedônia, pacto já existente desde os tempos de seu pai Antioco III o Grande; assim Atioco Epifanes torna-se o pequeno chifre Selêucidas que arrancou os outros três primeiros chifres.

Antioco IV Epifâneo

 

Eu continuei olhando, até que foram postos uns tronos, e um ancião de dias se assentou; a sua veste era branca como a neve, e o cabelo da sua cabeça como a pura lã; e seu trono era de chamas de fogo, e as suas rodas de fogo ardente. Um rio de fogo manava e saía de diante dele; milhares de milhares o serviam, e milhões de milhões assistiam diante dele; assentou-se o juízo, e abriram-se os livros. Então estive olhando, por causa da voz das grandes palavras que o chifre proferia; estive olhando até que o animal foi morto, e o seu corpo desfeito, e entregue para ser queimado pelo fogo; (Daniel 7:9-11)

 

Nesse momento, o profeta Daniel trata (Antioco Epifanes) como à fera (Besta) daquela situação, Antioco Epifanes perseguiu o povo de Deus e profanou o santuário, ele foi julgado e condenado ao fogo do inferno segundo o livro da vida onde estão anotadas todas as ações humanas; assim se cumpriu o que fora profetizado pelo Profeta Daniel a respeito de Antioco Epifanes.

 

 Fatos narrados no livro dos Macabeus:

 

 Por essa mesma ocasião, voltava Antíoco da Pérsia, coberto de vergonha. Pois, entrando na cidade que se chamava Persépolis, ele havia tentado saquear o templo e ocupar a cidade, mas o povo se revoltou e pegou em armas, para defender-se; com isso, Antíoco viu-se forçado pelos habitantes dessa região a começar uma retirada humilhante. Achando-se perto de Ecbátana, soube da derrota de Nicanor e do exército de Timóteo. Num arroubo de cólera, resolveu desforrar imediatamente nos judeus o mal que lhe haviam feito os que o tinham obrigado a fugir, e deu ordem ao condutor de seu carro de prosseguir sem parar, a fim de conseguir o mais depressa possível seu intento: na realidade, a sentença do céu já havia caído sobre ele. Exclamava com presunção: Assim que chegar, farei de Jerusalém o sepulcro dos judeus. Mas o Senhor Deus de Israel, que tudo vê, feriu-o com um mal implacável e misterioso. Mal acabara de pronunciar essas palavras, aconteceu que ele foi assaltado por atrozes dores nas entranhas e agudos tormentos no interior; e era muito justo, pois ele mesmo havia rasgado as entranhas aos outros por inauditos tormentos! Todavia, em nada desistiu da sua arrogância; pelo contrário, sempre cheio de soberba, exalava contra os judeus o fogo de sua cólera e ordenava que se apressasse a caminhada, quando repentinamente caiu da carroça, arrancado pela violência da corrida e, na queda fatal, quebrou todos os membros. O homem que, pouco antes, julgando-se acima da natureza humana, pensava poder dominar as frotas do mar e pesar as montanhas nos pratos de sua balança, ei-lo agora estendido sobre a terra, em seguida levado numa liteira, provando assim aos olhos de todos a manifesta potência de Deus. Chegou a tal ponto que o corpo vivo do ímpio fervilhava de vermes e as carnes se soltavam em pedaços entre atrozes dores: o mau cheiro da podridão, que enchia o ar, empestava todo o campo. Aquele que até há pouco tempo sonhava tocar os astros do céu, agora ninguém podia suportá-lo por causa do mau cheiro que dele saía! Foi então que, derribado, ele começou a perder o orgulho excessivo e a compreender melhor, torturado sob os castigos de Deus pelos constantes sofrimentos. Incapaz de suportar sua própria infecção: É justo, dizia ele, submeter-se a Deus, e, como simples mortal, não se querer igualar a ele. O celerado rezava ao Senhor, de quem não haveria de receber compaixão, e prometia dar a liberdade à cidade santa, para a qual ele se encaminhava, a fim de arrasá-la e fazer dela um sepulcro. Dizia ele que tornaria iguais aos atenienses todos os judeus que havia julgado indignos de sepultura e bons para serem atirados com seus filhos às aves do céu e aos animais selvagens como pasto. Ornaria com ricas prendas aquele templo que havia despojado antes, devolver-lhe-ia multiplicados os vasos sagrados, proveria com suas próprias rendas todas as despesas necessárias para os sacrifícios. Além disso, ele mesmo se tornaria judeu e percorreria todos os lugares habitados, proclamando o poder de Deus! Mas suas dores não se atenuavam porque o justo castigo de Deus pesava sobre ele. Então, desesperado em vista de seu estado, escreveu aos judeus a seguinte carta, verdadeira súplica, assim exarada: Aos dedicados súditos judeus, saúde, bem-estar e felicidade, da parte de Antíoco, rei e chefe do exército. Se vós e vossos filhos passais bem e se vos sucedem todas as coisas como desejais, agradeço a Deus, em quem ponho minha esperança; pois quanto a mim, estou prostrado pela doença, mas me lembro com prazer dos vossos sentimentos de respeito e da benevolência para comigo. Ao voltar da Pérsia, surpreendido por um mal cruel, julguei necessário providenciar a segurança de todos. Não que me desespere de meu estado, ao contrário, tenho a firme esperança de escapar dessa doença - mas me lembro de que meu pai designava seu sucessor cada vez que partia em expedição às províncias superiores. Ele queria que no caso de uma desgraça ou má notícia os habitantes do país não se perturbassem, uma vez que soubessem a quem confiar os negócios. Eu sei, ademais, que os príncipes que me rodeiam e os vizinhos do meu reino estão de atalaia e espreitam os acontecimentos; por isso, já designei meu filho Antíoco para rei, a quem, em outras ocasiões, confiei e recomendei a maior parte de vós, quando partia para outras terras. A ele escrevi a carta abaixo: Rogo-vos, portanto, e peço que, em memória de meus benefícios para convosco, tanto gerais, como particulares, tenhais para com meu filho a mesma benevolência que para comigo, pois estou convencido de que ele seguirá minhas intenções e agirá convosco com moderação e humanidade. Assim esse carrasco e blasfemador pereceu miseravelmente, distante, nas montanhas, em meio àqueles sofrimentos que ele mesmo havia infligido aos outros. Filipe, seu amigo de infância, levou seu corpo, e em seguida partiu para o Egito, para junto de Ptolomeu Filometor, para escapar ao filho de Antíoco. ( 2 Macabeus 1:29)

 

 Assim cumpriu-se o destino de Antioco Epifanes, exatamente como Daniel profetizou:

 

 E, quanto aos outros animais, foi-lhes tirado o domínio; todavia foi-lhes prolongada a vida até certo espaço de tempo. (Daniel 7:12)

 

 Com a queda de Antioco Epifanes e o império Selêucidas, caíram os outros três reinos dominados por Antioco Epifanes, Roma estava expandindo o seu domino territorial e Jerusalém ficou por responsabilidade dos Macabeus.

 

 Em meio de sua visão, o profeta novamente recebe a revelação do Reino Messiânico:

 

 Eu estava olhando nas minhas visões da noite, e eis que vinha nas nuvens do céu um como o filho do homem; e dirigiu-se ao ancião de dias, e o fizeram chegar até ele. E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino tal, que não será destruído. Quanto a mim, Daniel, o meu espírito foi abatido dentro do corpo, e as visões da minha cabeça me perturbaram. (Daniel 7:13-15)

 

 Daniel se depara com a visão do Filho do Homem (Jesus Cristo), sua glória e realeza, não deixando esquecer de seu Reino Eterno.

 

 Cheguei-me a um dos que estavam perto, e pedi-lhe a verdade acerca de tudo isto. E ele me disse, e fez-me saber a interpretação das coisas. Estes grandes animais, que são quatro, são quatro reis, que se levantarão da terra. Mas os santos do Altíssimo receberão o reino, e o possuirão para todo o sempre, e de eternidade em eternidade. (Daniel 7:16-18)

 

 Terminando a revelação do Reino Messiânico é revelado à Daniel que os Santos de Deus receberão o seu Reino e Realeza, essa foi a visão celestial que Daniel teve à respeito da Igreja.

 

 O Profeta quer saber mais sobre o quarto animal e os dez chifres:

 

 Então tive desejo de conhecer a verdade a respeito do quarto animal, que era diferente de todos os outros, muito terrível, cujos dentes eram de ferro e as suas unhas de bronze; que devorava, fazia em pedaços e pisava aos pés o que sobrava; E também a respeito dos dez chifres que tinha na cabeça, e do outro que subiu, e diante do qual caíram três, isto é, daquele que tinha olhos, e uma boca que falava grandes coisas, e cujo parecer era mais robusto do que o dos seus companheiros. (Daniel 7:19-20).

 

 A profecia começa a girar em torno desse pequeno chifre (Antioco Epifanes) que proferia palavras arrogantes e queria se tornar maior do que os outros dez chifres. Fatos narrados no livro dos Macabeus mediante a sua morte.

 

 10 Aquele que até há pouco tempo sonhava tocar os astros do céu, agora ninguém podia suportá-lo por causa do mau cheiro que dele saía! 28. Assim esse carrasco e blasfemador pereceu miseravelmente, distante, nas montanhas, em meio àqueles sofrimentos que ele mesmo havia infligido aos outros” (II Macabeus capítulo 9)

 

 Os fatos narrados a respeito da morte de Antioco Epifanes, também foram profetizados por Daniel, observem como tudo ocorreu exatamente como fora profetizado.

 

 Eu olhava, e eis que este chifre fazia guerra contra os santos, e prevaleceu contra eles. Até que veio o ancião de dias, e fez justiça aos santos do Altíssimo; e chegou o tempo em que os santos possuíram o reino. (Daniel 7:21-22)

 

 O Profeta volta a relatar o fato de (Antioco Epifanes) ter dominado Israel, porém, Deus levanta a família dos Macabeus para estabelecer a paz e defender as Leis Divinas em Israel.

 

 Guerra de Antioco Epifanes aos Santos:

 

 “20. Após ter derrotado o Egito, pelo ano cento e quarenta e três, regressou Antíoco e atacou Israel, subindo a Jerusalém com um forte exército. 21. Penetrou cheio de orgulho no santuário, tomou o altar de ouro, o candelabro das luzes com todos os seus pertences, 22. a mesa da proposição, os vasos, as alfaias, os turíbulos de ouro, o véu, as coroas, os ornamentos de ouro da fachada, e arrancou as embutiduras. 23. Tomou a prata, o ouro, os vasos preciosos e os tesouros ocultos que encontrou. 24. Arrebatando tudo consigo, regressou à sua terra, após massacrar muitos judeus e pronunciar palavras injuriosas 25. Foi isso um motivo de desolação em extremo para todo o Israel (I Macabeus capítulo 1)

 

 “45. suspendessem os holocaustos, os sacrifícios e as libações no templo, violassem os sábados e as festas, 46. profanassem o santuário e os santos, 47. erigissem altares, templos e ídolos, sacrificassem porcos e animais imundos, 48. deixassem seus filhos incircuncidados e maculassem suas almas com toda sorte de impurezas e abominações, de maneira 49. a obrigarem-nos a esquecer a lei e a transgredir as prescrições. 50. Todo aquele que não obedecesse à ordem do rei seria morto (I Macabeus capítulo 1)

 

 A revolta dos Macabeus e a realeza dos Santos:

 

 “19. Matatias respondeu-lhes: Ainda mesmo que todas as nações que se acham no reino do rei o escutassem, de modo que todos renegassem a fé de seus pais e aquiescessem às suas ordens, 20. eu, meus filhos e meus irmãos, perseveraremos na Aliança concluída por nossos antepassados. 21. Que Deus nos preserve de abandonar a lei e os mandamentos!” (I Macabeus capítulo 2)

 

 Assim se cumpriu à guerra que Antioco Epifantes fez aos Santos e a realeza dos Santos contra Antioco Epifanes, concretizando-se com a revolta de Judas Macabeus, a retomada do Templo e a morte de Antioco Epifanes.

 

 Ainda falando sobre o quarto animal, fora revelado a Daniel outra explicação sobre o mesmo.

 

 Disse assim: O quarto animal será o quarto reino na terra, o qual será diferente de todos os reinos; e devorará toda a terra, e a pisará aos pés, e a fará em pedaços. E, quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis; e depois deles se levantará outro, o qual será diferente dos primeiros, e abaterá a três reis. E proferirá palavras contra o Altíssimo, e destruirá os santos do Altíssimo, e cuidará em mudar os tempos e a lei; e eles serão entregues na sua mão, por um tempo, e tempos, e a metade de um tempo. (Daniel 7:23-25)

 

 Como vimos nas explicações acima, os dez chifres correspondem aos quatros reinos levantados após a morte de Alexandre Magno, somando os seis reis Selêucidas até o reinado de Antioco Epifanes que dominou os outros três reinos. O chifre diferente que surgiria dentro de um desses reinos era o próprio Antioco Epifanes, que além de ter invadido Israel, blasfemava contra Deus e se colocava acima do criador. Porém, fora revelado uma nova informação a Daniel, segundo essa revelação, o chifre pequeno e diferente, iria formar um projeto para mudar o Tempo e a Lei dentro de Israel, Antíoco procurou forçar a helenização deste seu novo território, proibindo o culto judaico. A observância do shabbat e das interdições alimentares, bem como a circuncisão foram proibidas. No Templo de Jerusalém seria instalada uma estátua do deus grego Zeus, durante três anos e meio.

 

 “44. Por intermédio de mensageiros, o rei enviou, a Jerusalém e às cidades de Judá, cartas prescrevendo que aceitassem os costumes dos outros povos da terra, 45. suspendessem os holocaustos, os sacrifícios e as libações no templo, violassem os sábados e as festas (I Macabeus capítulo 1)

 

 “6. Não se permitia mais a observância do sábado, a celebração das antigas festas, nem mesmo confessar-se judeu. 7. Em cada mês, no dia natalício do rei, realizava-se um sacrifício; os judeus eram odiosamente forçados a tomar parte no banquete ritual e, por ocasião das festas em honra de Dionísio, deviam forçosamente acompanhar o cortejo de Baco, coroados com hera” (II Macabeus capítulo 6)

 

 Última parte das profecias.

 

 Mas o juízo será estabelecido, e eles tirarão o seu domínio, para o destruir e para o desfazer até ao fim. E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecerão. Aqui terminou o assunto. Quanto a mim, Daniel, os meus pensamentos muito me perturbaram, e mudou-se em mim o meu semblante; mas guardei o assunto no meu coração. (Daniel 7:26-28)

 

 Ao termina a visão que o Profeta Daniel teve em seu sonho profético, fica registrado a morte de Antioco Epifanes, sendo assim, com a morte do rei, Israel fica livre do domínio pagão e os Macabeus obtém novamente o controle devolvendo à Israel a sua liberdade e suas Leis.

 

 Morte de (Antioco Epifanes)

 

 “8. Ouvindo essas novas, o rei ficou irado e profundamente perturbado. Atirou-se à cama e caiu doente de tristeza, porque os acontecimentos não tinham correspondido à sua expectativa. 9. Passou assim muitos dias, porque sua mágoa se renovava sem cessar, e pensava na morte. 10. Mandou chamar todos os seus amigos e lhes disse: O sono fugiu dos meus olhos e meu coração desfalece de tristeza. 11. Eu repito para mim mesmo: Em que aflição fui eu cair e a que desolação fui eu reduzido até o presente, eu que era bom e querido no tempo de meu poder? 12. Mas agora eu me lembro dos males que causei em Jerusalém, de todos os objetos de ouro e de prata que saqueei, e de todos os habitantes da Judéia que exterminei sem motivo. 13. Reconheço que foi por causa disso que todos esses males me fulminaram, e agora morro de tristeza numa terra estrangeira. 14. Ele chamou Filipe, um de seus amigos, e constituiu-o regente de todo o seu reino. 15. Entregou-lhe seu diadema, seu manto, e seu anel, com a responsabilidade de guiar seu filho Antíoco e de educá-lo para sua realeza. 16. O rei Antíoco morreu ali no ano cento e quarenta e nove. 17. Por sua vez soube Lísias que o rei havia morrido e elevou ao trono seu filho Antíoco que ele havia educado desde a infância, e a quem ele dera o nome de Eupator. 18. Nesse ínterim, os ocupantes da cidadela importunavam os judeus que se dirigiam ao templo, procuravam constantemente causar-lhes dano, para apoiar os gentios. 19. Judas resolveu arrancar-lhes das mãos a cidadela e convocou todo o povo para sitiá-los (I Macabeus capítulo 6)

 

 “28. Assim esse carrasco e blasfemador pereceu miseravelmente, distante, nas montanhas, em meio àqueles sofrimentos que ele mesmo havia infligido aos outros” (II Macabeus capítulo 9)



O primeiro animal:

(1º) Imipério Babilônico

O segundo animal:

(2º) Império Medos e Persas

As três costelas:

(1º) Lídia ( 547 a.C)
(2º) Babilônia (539 a.C)  
(3º) Egíto (525. a.C )

O terceiro animal:

(3º) Império Grego - Alexandre Magno (o grande)


Quatro cabeças e quatro asas:

(1º) Ptolomeu.
(2º) Cassandro.
(3º) Lisiamo.
(4º) Selêucidas


Os 10 chifres do quarto animal:

(1º) Ptolomeu.
(2º) Cassandro.
(3º) Lisiamo.

(Imperadores Sêleucidas)

(4º) Seleuco. I Nicator I (305 a.C. 281 a.C.). (Primeiro Imperador dos Selêucidas).
(5º) Antíoco I Sóter I (281 a.C. 261 a.C.).
(6º) Antíoco II Teo (261 a.C. 246 a.C.).
(7º) Seleuco II Calínico (246 a.C. 225 a.C.).
(8º) Seleuco III Sóter II (225 a.C. 223 a.C.).
(9º) Antíoco III Megal (223 a.C. 187 a.C. O Grande).
(10º) Seleuco IV Filopáter I (187 a.C. 175 a.C.).

(Chifre pequeno)

(11º) Antíoco IV Epífanes (175  a.C  164  a.C).



 

 

Autor: Leonardo Soares
Referencias bibliográficas:
Bíblia João Ferreira de Almeida.
Flavio Josefo livro História dos Hebreus.