A Restauração do Templo

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A Restauração do Templo

A Restauração do Templo

 

Isaias já falava sobre o fim do cativeiro e a restauração do Templo em Jerusalém, o profeta chega a citar o nome do restaurador da nação Judaica, seu nome era CIRO, um detalhe importante é que essa profecia foi feita a 210 anos antes do nascimento de Ciro:


Que digo de Ciro: É meu pastor, e cumprirá tudo o que me apraz, dizendo também a Jerusalém: Tu serás edificada; e ao templo: Tu serás fundado. (Isaías 44:28)

 

Até o reinado de Salomão, Israel era um só reino, mas após a morte dele, a nação de Israel se dividiu em dois reinos:


(1º) O Reino do Sul: formado pelas tribos de Judá e Benjamim
(2º) O Reino do Norte: formado pelas 10 tribos restantes

 

O Reino do Sul foi chamado de Reino de Judá, e o Reino do Norte foi chamado de Reino de Israel

Em  733 a.C o Reino do norte foi invadido pela Síria e seus habitantes foram depotados para a Mesopotâmia, onze anos depois Samaria capital do Reino do Norte também foi capiturado, o Reino do norte estava acabado, depois da batalha de Carquemis, em 606 a.C, o Reino de Judá ficou sob o domínio de Babilônia, esse foi o princípio do cativeiro que duraria cerca de 70 anos [Jeremias 25:11-12; 29:10], foi nessa ocasião que o profeta Daniel e seus companheiros foram levados para Babilônia, em 587 a.C, Nabucodonosor invade Jerusalém depois de  um cerco de 18 meses, nessa ocasião o templo foi incendiado e o povo da cidade foi arrastado para o cativeiro, em 539 a.C surgiu o novo império mundial, o império Medos e Persas, o Rei dos Pesas casou-se com a filha do Rei dos Medos, desse casamento nasceu um homem chamado Ciro, em 538 a.C Ciro espandiu um decreto autorizando os Judeus a voltarem para Jerusalém e edificarem a cidade e o Templo:

436. Esdras 1 e Neemias 3. No primeiro ano do reinado de Ciro, rei dos persas, setenta anos depois que as tribos de Judá e de Benjamim foram levadas escravas para a Babilônia, Deus, tocado de compaixão pelo sofrimento delas, realizou o que havia predito pelo profeta Jeremias, antes mesmo da ruína de Jerusalém: que, passados setenta anos em dura escravidão, sob Nabucodonosor e seus des­cendentes, voltaríamos ao nosso país, reconstruiríamos o Templo e desfrutaría­mos a nossa primeira felicidade. Assim, pôs Ele no coração de Ciro escrever uma carta e enviá-la por toda a Ásia. Eis o que declara o rei Ciro: "Cremos que o Deus Todo-poderoso, que nos constituiu rei de toda a terra é o Deus que o povo de Israel adora, pois Ele predisse por meio de seus profetas que nós traríamos o nome que trazemos e reconstruiríamos o Templo em Jerusalém, na Judéia, con­sagrado à sua honra". Esse soberano falava assim porque lera nas profecias de Isaías, escritas du­zentos e dez anos antes que ele tivesse nascido e cento e quarenta anos antes da destruição do Templo, que Deus lhe tinha feito saber que constituiria a Ciro rei sobre várias nações e inspirar-lhe-ia a resolução de fazer o povo voltar a Jerusalém para reconstruir o Templo. Essa profecia causou-lhe tal admiração que, desejando realizá-la, mandou reunir na Babilônia os principais dos judeus e anunciou que lhes permitia voltar ao seu país e reconstruir a cidade de Jerusa­lém e o Templo, que eles não deveriam duvidar de que Deus os auxiliaria nesse desígnio e que escreveria aos príncipes e governadores de suas províncias vizinhas da judéia para que lhes fornecessem o ouro e a prata de que iriam precisar e as vítimas para os sacrifícios. Depois desse favor, os chefes das tribos de Judá e de Benjamim dirigiram-se imediatamente a Jerusalém com sacerdotes e levitas. Os que não quiseram dei­xar os seus bens ficaram na Babilônia. Chegaram depois os nobres aos quais o rei havia escrito e contribuíram com ouro e prata. Alguns deram-lhe animais, como cavalos. Outros, que haviam feito votos, ofereciam sacrifícios solenes para cum­pri-los, tal como fariam se tivessem de começar a construir a cidade e realizar pela primeira vez as cerimônias que nossos pais observavam. Ciro restituiu nesse mesmo tempo os vasos sagrados tomados do Templo no reinado de Nabucodonosor e que haviam sido levados para a Babilônia. Encarre­gou disso Mitredate, seu tesoureiro-mor, com ordem de confiá-los aos cuidados de Sesbazar, para os que guardasse até que o Templo fosse reconstituído e os entregasse então aos sacerdotes e aos principais dos judeus, para que fossem recolocados no Templo. Escreveu também esta carta aos governadores da Síria: "O rei Ciro, a Sisina* e a Sarabazam, saudação. Nós permitimos a todos os judeus que moram em nosso território e que quiserem voltar ao seu país que para lá se retirem com toda liberdade e reconstruam a cidade de Jerusalém e o Templo de Deus. Enviamos Zorobabel, seu príncipe, e Mitredate, nosso tesoureiro-mor, para que lhe lancem os alicerces e o elevem à altura de sessenta côvados, com a mesma largura, e três ordens de pedras polidas e uma da madeira que existe naquela província. Quere­mos também que lá se erga um altar para se oferecerem sacrifícios a Deus e entendemos que todas as despesas sejam feitas por nossa conta. Restituímos também, por meio de Mitredate e de Zorobabel, os vasos sagrados que o rei Nabucodonosor retirou do Templo, para que lá sejam recolocados. Seu número é de cinqüenta bacias de ouro e quatrocentas de prata; cinqüenta vasos de ouro e quatrocentos de prata; cinqüenta baldes de ouro e quinhentos de prata; trinta grandes pratos de ouro e trezentos de prata; trinta grandes taças de ouro e duas mil e quatrocentas de prata; e, além disso, mil outros grandes vasos. Concede­mos ainda aos judeus as mesmas rendas de que seus predecessores desfrutavam e lhes damos como compensação animais, vinho e óleo, duzentas e cinco mil e quinhentas medidas de trigo, que queremos que sejam tomadas nas terras de .Samaria. Os sacerdotes oferecerão a Deus todas as vítimas em Jerusalém, segun­do a lei de Moisés, e rogarão pela nossa prosperidade, pela de nossos descendentes e pelo império dos persas. E, se alguns forem tão obstinados que não queiram obedecer às nossas ordens, queremos que sejam crucificados e que os seus bens sejam confiscados em nosso proveito". Era o que diziam as cartas de Ciro. O número de judeus que voltaram a Jerusalém foi de quarenta e dois mil quatrocentos e sessenta e dois. (Flávio Josefo História das antiguidades Judaicas livro 11 capítulo 1)


Era o fim do cativeiro dos Judeus, cumpria-se assim a profecia.

Autor: Leonardo Soares
Referências Biográficas:
Bíblia João Ferreira de Almeida
Flávio Josefo História dos Hebreus.